Numa conversa entre amigas, uma confessa ter fugido da escola primária com colegas para ver os animais que estavam nas tendas de um circulo lá perto.
Referiu que ouviu um raspanete da professora e outro dos pais.
Imediatamente temos o seguinte diálogo:
- Imagina que era o teu filho, o que fazias?
- Dava um raspanete ao meu filhos e reclamava com a auxiliar e a professora da escola.
- Mas o que fazias primeiro? Davas o raspanete ao teu filho ou reclamavas na escola?
- Primeiro reclamava na escola!
- E os teus pais?
- ... os meus pais... era diferente...
O papel das crianças na sociedade, o papel da escola, dos professores e dos pais mudou com o tempo e com a própria sociedade. Há muito de positivo nesta mudança mas também não podemos estar alheios aos perigos que lhe estão associados e deixar de ter consciência do nosso contributo para esta mudança.
No regaço
sábado, 15 de abril de 2017
quarta-feira, 6 de julho de 2016
Paramos na idade em que nos falta amor
O título não é da minha autoria, encontrei-o aqui, mas traduz de forma clara uma mensagem que todos assumimos saber, mas que tantas vezes parece ser esquecida: o amor e a relação com o outro é uma necessidade básica de qualquer ser humano.
É no colo de uma relação segura de amor incondicional que começamos a conhecer-nos, a conhecer o outro e o que nos rodeia.
É no colo de uma relação segura de amor incondicional que começamos a conhecer-nos, a conhecer o outro e o que nos rodeia.
quarta-feira, 29 de junho de 2016
Mães que matam os filhos
As notícias repetem-se. Mães que matam os filhos, e em muitos casos suicidando-se de seguida... tamanho sofrimento que deixa incrédulo qualquer ser humano... Crianças que perdem a vida nas mãos de quem as devia cuidar e proteger.
Será mesmo verdade?!
Porquê?!
O que pode levar a tamanha mostruosidade?!
Não há motivos que justifiquem tais comportamentos que relevam um nível de desequilíbrio muito elevado. A origem do disturbio mental e a forma como ele se manifesta pode ter várias formas, desde a mãe que mata o filho e a seguir se suicída por não conseguir imaginar o filho separado de si, à mãe que mata o filho ao fazer-lhe um ritual para o livrar de uma possessão... mas em todos os casos é necessária uma perturbação mental muito grave.
domingo, 25 de outubro de 2015
Estímulos a mais e atenção a menos
Estamos numa sociedade cada vez mais acelerada, com mais estímulos, mudanças constantes e levando a mudanças na dinâmica familiar e na forma como comunicamos e educamos os nossos filhos.
Desde bem pequeninas que as crianças são expostas ao ritmo acelerado do que as rodeia e a uma sobre-estimulação. Actualmente decoramos os espaços das crianças com bastante cor e recheamos esses espaços de brinquedos e materiais lúdico e pedagógicos, esperando que nada lhe falte... fica a faltar o tempo e o espaço para aproveitar e explorar-se a si próprio com calma, aos que o rodeiam, ao brinquedos, e os objetos do quotidiano que não sendo especificamente para crianças podiam ser reinventados e trsnsformados em brinquedos de descoberta momentânea.
Precisamos de tempo, de experiência e de experimentação. Quando as crianças são sobre-estimuladas não aprendem a analisar as potencialidades do que as rodeia até ao fim, a manter-se na mesma tarefa durante altum tempo... condicionando o desenvolvimento da sua atenção e concentração.
Desde bem pequeninas que as crianças são expostas ao ritmo acelerado do que as rodeia e a uma sobre-estimulação. Actualmente decoramos os espaços das crianças com bastante cor e recheamos esses espaços de brinquedos e materiais lúdico e pedagógicos, esperando que nada lhe falte... fica a faltar o tempo e o espaço para aproveitar e explorar-se a si próprio com calma, aos que o rodeiam, ao brinquedos, e os objetos do quotidiano que não sendo especificamente para crianças podiam ser reinventados e trsnsformados em brinquedos de descoberta momentânea.
Precisamos de tempo, de experiência e de experimentação. Quando as crianças são sobre-estimuladas não aprendem a analisar as potencialidades do que as rodeia até ao fim, a manter-se na mesma tarefa durante altum tempo... condicionando o desenvolvimento da sua atenção e concentração.
segunda-feira, 7 de setembro de 2015
Como é que as crianças veem a escola?
A reação das crianças ao primeiro dia de escola pode
ser diversa. Desde entusiasmadas com a descoberta dos amigos, dos materiais, das
aprendizagens; ao receio de não ser capaz, de ficar de castigo, de que os
outros sejam maus, de que seja uma seca… A reação inicial ao espaço escolar
depende da ideia que a criança tem do que é a escola, da forma como se
relaciona com os outros, adultos e crianças, e dos seus receios e expetativas.
Deriva das ideias criadas à sua volta, do entusiamo e dos receios transmitidos
e é condicionada pelo impacto das primeiras experiências relacionadas com a
escola.
O tempo de adaptação da criança à escola tende a ser
antecipado e vivido pelos pais com alguma angústia, ansiedade e medo.
Questionam-se sobre como é que será que a criança vai fazer esta adaptação e
tentam acalmar-se ensinando às crianças aquilo que é a escola aos olhos do
adulto. Mas a forma de olhar é diferente! Por vezes, nós adultos, estamos tão
preocupados em ensinar a criança que nos esquecemos de começar por ver através
dos olhos dela, aprendendo o que é a escola para a criança e depois, em
conjunto, construir a ideia de uma escola apelativa, em que há direitos e
deveres, e em que cada dia se fica mais rico.
Temos que descer ao nível dos olhos das crianças para
conseguir acalmar os seus medos e alimentar o seu entusiasmo e curiosidade.
segunda-feira, 6 de julho de 2015
Depressão: a dor que nos deixa sós
"A mais terrível pobreza é a solidão e o sentimento de não ser amado."
Madre Teresa
Os sintomas da depressão interferem drasticamente com a qualidade de vida e estão associados a altos custos sociais, desde as relações mais próximas até à relação com a própria sociedade. Aqui centrar-nos-emos sobre a influência da depressão nas relações íntimas.
Quando os sintomas da depressão se intalam, a pessoa tende a centrar-se em crenças negativas (mesmo que inadequadas, inúteis e nada razoáveis) e a rotularem-se de forma negativa, tendo um forte sentimento de inutilidade ou de culpa; apresentam uma diminuição no interesse em realizar as atividades do dia a dia; maior cansaço, menor capacidade de tomar a iniciativa e dificuldade e manter a sua concentração. Neste sentido, a depressão tende a minar o autoconceito da própria pessoa, a forma como se relaciona com os outros e o seu dia a dia, as suas rotinas e a forma como executa (ou não) as suas tarefas profissionais, familiares, pessoais...
Os sintomas depressivos interferem negativamente com as vivências relacionais da pessoa com depressão, levando-a a entrar num ciclo em espiral de auto-desvalorização, culpabilização e isolamento. A pessoa deprimida parece ter necessidade de algum tempo para estar só, para pensar, para se organizar... mas acaba por entrar num ciclo de afastamento de quem a rodeia, afastando aqueles que a podiam ajudar...
Amar alguém com sintomas de depressão implica um desafio diário de ler nas entrelinhas do discurso de quem diz "vai-te embora", quando quer dizer "não desistas de mim!". De quem diz que já não te ama, quando quer na verdade sente que não é suficientemente boa/bom para ti e ao mesmo tempo deseja desesperadamente que continues ali, para sempre! É viver num relacionamento paradoxal em que o amor é questionado, em que o "estar" é condicionado, em que o afeto nunca parece suficiente ou correto... em que por mais que se esteja, e se tente, sentimos que não sabemos, não acertamos e não somos capazes.
Deveremos então desistir? Até quando vale a pena?
"As pessoas mais difíceis de serem amadas são as que mais precisam de amor."... e não precisamos todos?!
sexta-feira, 5 de junho de 2015
O sofrimento só é intolerável quando ninguém cuida.
O sofrimento só é intolerável quando ninguém cuida.
Cecily Saunders
Viver uma dor destas sozinho/a é deixar-se dominar pela
doença, pela dor e pela desesperança. A solidão parece dar espaço à dor e à
incapacidade da doença, enquanto o amor, o cuidado e o carinho a acalmam.
Perante determinadas situações clínica, viver assume-se como
uma lenta tortura que só o amor parece acalmar. O amor, o toque, o abraço, saber-se
querido/a, que se preocupam é o único sentido para a vida, o único analgésico.
Percebermos que conseguimos construir laços afectivos capazes de nos acolher
nos momentos de dor, reconhecermos que quem nos rodeia nos quer bem, que se
preocupa connosco e que não desiste de nos cuidar, apazigua a dor física e
alimenta a vontade de nos transcendermos. O amor permite encarar a vida e a
morte com a mesma tranquilidade, a tranquilidade de quem não está só.
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