O sofrimento só é intolerável quando ninguém cuida.
Cecily Saunders
Viver uma dor destas sozinho/a é deixar-se dominar pela
doença, pela dor e pela desesperança. A solidão parece dar espaço à dor e à
incapacidade da doença, enquanto o amor, o cuidado e o carinho a acalmam.
Perante determinadas situações clínica, viver assume-se como
uma lenta tortura que só o amor parece acalmar. O amor, o toque, o abraço, saber-se
querido/a, que se preocupam é o único sentido para a vida, o único analgésico.
Percebermos que conseguimos construir laços afectivos capazes de nos acolher
nos momentos de dor, reconhecermos que quem nos rodeia nos quer bem, que se
preocupa connosco e que não desiste de nos cuidar, apazigua a dor física e
alimenta a vontade de nos transcendermos. O amor permite encarar a vida e a
morte com a mesma tranquilidade, a tranquilidade de quem não está só.
Nenhum comentário:
Postar um comentário