domingo, 26 de abril de 2015

Quando as crianças estão no meio

Quando o casal anda de costas voltadas, sem querer, esquece-se que enquanto pais têm que rumar sempre pelo mesmo caminho.
Quanto mais pequena é uma criança, menor a sua capacidade de entender o que se passa entre os adultos e, quando exposta a zangas, discussões, raiva, a criança tende a interiorizar esses sentimentos negativos, aprendendo-os como modelos, e a sentir-se culpada como se ela fosse o motivo de todas as discussões ou problemas dos pais. A vivência destas discussões leva a uma maior irritabilidade, a baixa autoestima, à vivencia de um sentimento protector em relação a um dos progenitores e à revolta e ao sentimento de abandono em relação ao outro progenitor.
Por vezes os adultos estão tão centrados no seu problema que, movidos pela raiva ou desespero, confrontam as crianças com os seus problemas e levam-nas a tomar partido, como se fosse possível escolher entre a mãe e o pai.
Seja no casamento, seja no divórcio, enquanto pais há que tomar um caminho comum, traçar objectivos e andar lado a lado para que a criança cresça feliz, guiada sempre pelos mesmos princípios morais, educativos e afectivos, segura da presença e do apoio da mãe e do pai. 






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